Sabe o gol de Carlos Alberto Torres na final da Copa de 70, o quarto e último do Brasil na vitória por 4 a 1 sobre a Itália, na Cidade do México?Pois dia 23 Brasília viu um igual.Se o Estádio Azteca foi palco de um gol histórico, chave de ouro do tricampeonato mundial brasileiro, o campo do Supremo Tribunal Federal também testemunhou um momento raro nesta semana:
o extraordinário voto do presidente da casa, o ministro Cezar Peluso que, às portas de deixar o STF, fecha com gol de ouro sua gestão.De fato, a decisão unânime dos ministros que Peluso costurou por quase uma década, estabelece o fim do estado de soberania anárquica das entidades esportivas — que tinham sua autonomia tratada como valor absoluto, um absurdo enterrado definitivamente pela mais alta corte do país.
E não cabe mais nenhuma dúvida sobre a constitucionalidade do Estatuto do Torcedor.Nascido na terra do Bragantino, estudante de Direito na cidade do Santos e torcedor do Corinthians, Peluso merece uma placa e será sempre lembrado como um modernizador de nosso futebol.